domingo, 4 de setembro de 2011

Rio Acre enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos

O rio Acre está enfrentando a pior seca dos últimos 40 anos, segundo a Coordenação da Defesa Civil Estadual. Um dos principais cursos de água do Acre, o rio banha as cidades de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Porto Acre e a capital, Rio Branco.Segundo o coordenador da Defesa Civil, coronel João de Jesus Oliveira, o menor volume já medido foi em 2005, quando o rio chegou ao nível de 1,64 metro. A expectativa para este ano é que ele desça a 1,48 metro."Não sabemos o motivo de um nível tão baixo. Neste ano, registramos apenas 800 focos de calor [queimadas], enquanto em 2005 foram 22 mil focos até agosto. Neste mês, tivemos uma frente fria e chuvas que garantiram 60 milímetros de água, o suficiente para agosto inteiro. E, mesmo assim, o rio está com o nível mais baixo da história", afirma Oliveira.Em alguns trechos, já é possível ver o leito do rio. As bombas de sucção usadas para captar água não estão operando, e foram substituídas por bombas flutuantes para garantir o abastecimento de água tratada."Em uma reunião com as autoridades, apresentamos alternativas para evitar o desabastecimento das cidades, como a perfuração de poços e a realização de barragens. Mas isso em uma situação mais crítica. Até o momento, as bombas flutuantes estão garantindo água para a população", diz o coordenador da Defesa Civil.O diretor-presidente do Saerb (Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco), Eduardo Vieira, confirmou a dificuldade de captação e a instalação de uma segunda bomba flutuante para atender a capital do Estado."Desde maio já estávamos trabalhando com uma bomba flutuante, e, agora, vamos instalar outra. Acreditamos que o nível do rio já se estabilizou, então até o momento a produção de água está normal", explica Vieira.Em abril, o nível do rio Acre chegou a 14,16 metros, inundando diversos bairros e deixando mais de 1.500 famílias desabrigadas. 

     

  • Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/967668-rio-acre-enfrenta-a-pior-seca-dos-ultimos-40-anos.shtml
          

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